sábado, 9 de agosto de 2025

O Fetiche da Porra: Entre o Tesão e a Ciência

 


Quando o assunto é sexo, poucos elementos são tão carregados de simbolismo, tabu e excitação quanto o sêmen. Para alguns, é apenas o “resultado final” de um ato sexual. Para outros, é combustível de um fetiche intenso — seja em receber, sentir, provar ou se lambuzar com ele.

O que pode surpreender muita gente é que esse fetiche não está restrito a um gênero ou a uma orientação sexual específica. Homens heterossexuais podem sentir prazer em provar o próprio sêmen ou o do parceiro, assim como mulheres podem se excitar profundamente com o momento da ejaculação, especialmente quando ela acontece no rosto ou na boca.

E não, nada disso é automaticamente um marcador de identidade sexual — é, antes de tudo, um marcador de desejo e estímulo.


O que diz a ciência

Alfred Kinsey, no famoso Relatório Kinsey, já apontava que a sexualidade humana é muito mais fluida do que os rótulos culturais tentam impor. Kinsey descreveu que práticas de contato com sêmen entre homens heterossexuais podiam ocorrer motivadas pela excitação do momento, pela curiosidade ou pela busca de intensificar o prazer coletivo — e que isso não se traduzia, necessariamente, em atração afetiva ou romântica por outros homens.



Pesquisas mais recentes, como as do psicólogo Justin Lehmiller (Harvard, autor de Tell Me What You Want), mostram que fantasias e práticas não definem orientação sexual; elas refletem experiências de excitação que, muitas vezes, são situacionais.


O exemplo do casal e o “medo de ser gay”



Entre os leitores do blog, recebemos o relato de um casal que mantém, há quase 10 anos, um parceiro fixo para sexo a três. As cenas variam: dupla penetração, oral simultâneo, alternância de papéis. Os dois homens já chegaram a se masturbar juntos e até a fazer sexo oral um no outro — mas apenas no contexto do trio, sempre com a esposa presente.

De uns tempos para cá, a esposa começou a fantasiar com algo mais específico: ver o marido lamber o sêmen do amigo no rosto dela, na bunda dela ou até receber uma ejaculação no rosto junto com ela. O marido, apesar de já ter feito sexo oral no amigo, reluta com a ideia, acreditando que isso “seria viadagem” e significaria submissão — “como se definisse quem é o alfa”.

Esse raciocínio, apesar de comum, é mais fruto de cultura e mito do que de realidade. O conceito de “quem é alfa” no sexo vem de interpretações distorcidas de estudos de animais e não se aplica à sexualidade humana consensual. No sexo, submissão e dominação são papéis de prazer, não hierarquias fixas de valor.


Por que não é “viadagem”


Kinsey já mostrava que a orientação sexual envolve o padrão predominante de atração ao longo da vida, e não momentos isolados. Um homem que sente desejo intenso por mulheres, mas se excita ao interagir sexualmente com outro homem no contexto de um ménage, pode estar explorando excitação situacional ou fluidez erótica, não mudando sua identidade sexual.

Estudos de Martin Weinberg e Colin Williams (Universidade de Indiana) reforçam: muitas práticas homoeróticas em contextos heterossexuais — como troca de sêmen, beijos ou sexo oral entre homens durante o sexo a três — não alteram a orientação do participante, mas sim aumentam a intensidade da experiência.


O olhar masculino

Para muitos homens, ejacular é um marco do prazer, e ver o próprio sêmen no parceiro(a) é excitante. Mas há algo a mais quando se envolve outro homem no ato: é como se o momento se tornasse uma “fusão de prazeres”, em que a testosterona, a excitação visual e a cumplicidade se misturam.

O ato de lamber ou provar sêmen de outro homem, especialmente quando está misturado ao corpo da parceira, pode ser interpretado como exploração erótica compartilhada — e não como um passo automático para redefinir a sexualidade.


O olhar feminino


Muitas mulheres descrevem que ver dois homens interagindo sexualmente durante um ménage é altamente excitante. No caso do casal citado, a esposa associava essa fantasia ao tesão de ver duas energias masculinas se misturando sobre o próprio corpo. Para ela, o sêmen era quase um símbolo físico da cena — quente, salgado, espesso, marcando a pele e a memória.


Um detalhe NSFW para você imaginar


A respiração acelera. Um segura a cintura dela enquanto o outro segura sua cabeça. Os gemidos se misturam, o cheiro é forte. O primeiro goza, quente, no rosto dela; o segundo, logo atrás, não resiste e jorra também. O líquido escorre, mistura-se. Ela abre os olhos e vê os dois olhando para ela — e para si mesmos — no mesmo instante. O marido se inclina, hesita por um segundo, e então a língua toca aquela mistura na pele dela. O sabor é intenso, o momento é único.


Conclusão


O fetiche pelo sêmen é um reflexo da pluralidade do desejo humano. Não existe um “manual” que defina quem pode ou não sentir prazer com determinadas práticas. Como mostrou Kinsey, o sexo humano é um espectro, e muitas vezes o que importa não é o rótulo, mas sim o que cada um sente no momento.

Se a fantasia envolve sêmen, toque ou troca de fluidos entre homens, isso não significa que alguém tenha que mudar sua identidade. Significa apenas que, ali, naquele instante, o prazer falou mais alto que qualquer regra inventada.

E, no fim, não há “alfa” nem “beta” — só pessoas que escolheram explorar juntas tudo o que as excita.


           

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Quando o sexo filmado fazia arte — e não só barulho de carne batendo

 

Houve um tempo em que a pornografia era feita para ser assistida com o corpo... e com o cérebro.

Década de 70. A indústria pornô ainda engatinhava, mas certos diretores já entendiam que o sexo não era só uma sequência de posições filmadas — era uma narrativa visual, emocional, humana. Gente como Antonio Adamo, Radley Metzger, Joe D’Amato, entre outros, tratavam o erotismo como uma linguagem cinematográfica. Roteiro, iluminação, direção de fotografia, trilha sonora, atmosfera. Você não apenas assistia — você se entregava.

Era um cinema do corpo.
E o corpo era reverenciado.
O suor escorria devagar.
As línguas se procuravam.
A penetração vinha depois — e não como única coisa que importava.

E hoje?

Hoje o pornô parece ter perdido o tesão de contar uma história.
Filma-se com o celular na mão, a luz branca do teto estourando a pele. Um pau duro entra com tanta força numa buceta que mais parece um ato de punição do que de prazer. Estocadas rápidas, como se o tempo do prazer fosse cronometrado. As mãos agarram como garras, os olhos não se encontram. O gozo chega sem construção, sem toque, sem beijo. E acaba assim, seco — como o envolvimento que nunca começou.

           


Isso é sexo? Ou é só um ritual vazio de alívio?

Diretores clássicos — que viram na pornografia uma revolução cinematográfica — olham hoje para a indústria com frustração e lamento. Muitos se afastaram. Outros ainda tentam resistir, mantendo pequenas produções com apelo estético e erotismo autêntico. Para eles, o que vemos hoje não é evolução: é regressão. Uma masturbação rápida em loop, onde nem o prazer é mais celebrado — só o desempenho.

E não, aqui não estamos julgando. Quem sente tesão nesse tipo de material tem o direito de gozar como quiser. Mas... talvez seja a hora de reavaliar.
Talvez a gente esteja precisando de mais toque de verdade.
Mais beijo antes da foda.
Mais câmera parada no arrepio.
Mais cheiro de pele e menos barulho de tapa.
Mais olhar. Mais entrega.
Menos martelada, mais dança.

Porque o sexo é brutal às vezes, sim. Mas também pode ser um mergulho.
Uma lentidão deliciosa.
Um gemido abafado no ombro.
Um “vai devagar” dito entre dentes.
Uma foda tão bem filmada que você goza com um sussurro, não com um grito.


A pornografia precisa lembrar que sexo não é só penetração.

É expectativa, toque, intenção, prazer... e principalmente: presença.

E você? Ainda se excita com o pornô de hoje — ou também sente saudade de quando transar na frente de uma câmera era um ato de arte?

CRIEI UM CANAL NO TELEGRAM, LÁ PODEMOS TROCAR ALGUMAS IDEIAS, DIVULGAR CONTEÚDO DE CRIADORES DE CONTEÚDO ADULTO (onlyfans, privacy) e PARCERIAS.

Então se vc está interessado, entre no nosso canal, será muito legal ter vc lá - 

TELEGRAM -- https://t.me/vamosfalardsexo

TWITTER - https://x.com/vfdesexo


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...