Houve um tempo em que a pornografia era feita para ser assistida com o corpo... e com o cérebro.
Década de 70. A indústria pornô ainda engatinhava, mas certos diretores já entendiam que o sexo não era só uma sequência de posições filmadas — era uma narrativa visual, emocional, humana. Gente como Antonio Adamo, Radley Metzger, Joe D’Amato, entre outros, tratavam o erotismo como uma linguagem cinematográfica. Roteiro, iluminação, direção de fotografia, trilha sonora, atmosfera. Você não apenas assistia — você se entregava.
Era um cinema do corpo.
E o corpo era reverenciado.
O suor escorria devagar.
As línguas se procuravam.
A penetração vinha depois — e não como única coisa que importava.
E hoje?
Hoje o pornô parece ter perdido o tesão de contar uma história.
Filma-se com o celular na mão, a luz branca do teto estourando a pele. Um pau duro entra com tanta força numa buceta que mais parece um ato de punição do que de prazer. Estocadas rápidas, como se o tempo do prazer fosse cronometrado. As mãos agarram como garras, os olhos não se encontram. O gozo chega sem construção, sem toque, sem beijo. E acaba assim, seco — como o envolvimento que nunca começou.
Diretores clássicos — que viram na pornografia uma revolução cinematográfica — olham hoje para a indústria com frustração e lamento. Muitos se afastaram. Outros ainda tentam resistir, mantendo pequenas produções com apelo estético e erotismo autêntico. Para eles, o que vemos hoje não é evolução: é regressão. Uma masturbação rápida em loop, onde nem o prazer é mais celebrado — só o desempenho.
E não, aqui não estamos julgando. Quem sente tesão nesse tipo de material tem o direito de gozar como quiser. Mas... talvez seja a hora de reavaliar.
Talvez a gente esteja precisando de mais toque de verdade.
Mais beijo antes da foda.
Mais câmera parada no arrepio.
Mais cheiro de pele e menos barulho de tapa.
Mais olhar. Mais entrega.
Menos martelada, mais dança.
Porque o sexo é brutal às vezes, sim. Mas também pode ser um mergulho.
Uma lentidão deliciosa.
Um gemido abafado no ombro.
Um “vai devagar” dito entre dentes.
Uma foda tão bem filmada que você goza com um sussurro, não com um grito.
A pornografia precisa lembrar que sexo não é só penetração.
É expectativa, toque, intenção, prazer... e principalmente: presença.
E você? Ainda se excita com o pornô de hoje — ou também sente saudade de quando transar na frente de uma câmera era um ato de arte?
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Maravilhoso esse texto . Concordo com você
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